sexta-feira, 17 de julho de 2009

FALANDO DELA

No que tenho observado
vejo-te como um mutante.
Mudar o sentido d’alma,
depende de cada instante.
Às vezes aqui presente,
noutras aqui mas, distante.

Alimentas das migalhas
que o tempo a ti propõe
Respiras o som das palavras
que os sinais a ti dispõe
Te sustentas das lembranças
que tua imaginação compõe.

Vestindo a camuflagem
de conformada e feliz,
la dentro te vejo aos trapos
próprios do que a alma diz;
com sorrisos transparentes
de quem é tão infeliz...

Faz pose de gente alegre,
apenas para enganar
mas, quantas vezes na noite
vejo teu pranto rolar.
És verdadeira mutante
no ato de camuflar.

Essa tristeza porêm
tem nome e endereço.
Não duvido que também
tenha elevado preço.
Os motivos do silêncio,
com certeza os reconheço.

Toronto/CA 16/07/09
-Maria

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