Toda tarde ele aparece
pra cantar no meu terreiro.
Um pé de pera é o palco
desse alegre seresteiro.
Sem público e sem salário
mas está sempre faceiro
Seu viver não tem tristesas
meu coração assim diz.
Sua amada é companheira
nesse dueto feliz;
nunca deixa seu cantor
e é sempre boa aprendiz
O vento revira as folhas.
Um grande aplauso se faz.
Quando o mistério acontece
mais tristeza ainda me traz;
viver como ele - contente,
ainda não sou capaz.
Me proponho a observar
a alegria que ele tem.
Queria ser aprendiz
e ser alegre também
cantar como o sabiá
que toda tarde aqui vem.
Toronto/CA- 11/06/09
Maria
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário