Por vezes abafo o desejo
quando tão perto te vejo
mas não devo te tocar,
muito menos te falar
do que me vai aqui dentro.
Te falar do meu tormento
da paixão que assola o peito.
Às vezes meio sem jeito
tento chamar-te de “amor”
para esconder o calor
que as veias vão queimando.
Aos poucos me conformando
em apenas ter-te perto
e deixar que no deserto
meu coração vá secando.
27/03/2011
Maria